quinta-feira, 19 de março de 2009

Massagens indianas estão mais populares

Massagens indianas estão mais populares
A arte milenar é considerada remédio na Índia, além de salvar vidas, ela ajuda você a relaxar e ter uma vida muito melhor

Por Aline Sampaio

Nada melhor que uma massagem relaxante depois de um dia difícil de trabalho. Erick Schulz, o vice presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, garante que a Índia é especialista nesse assunto. E só podia ser já que lá massagem é considerada remédio.Schulz conta que na Índia, as massagens fazem parte do sistema de único de saúde, e que elas possuem fins medicinais e são capazes de fazer curas milagrosas.

Isso porque os benefícios são muitos, e vão desde a redução de medidas até a harmonia do corpo e da mente. E ainda são usadas para manutenção da saúde ou em pacotes de tratamentos em spas.

Toninha Nunes é dona de um spa que disponibiliza os mais diversos tipos de massagens indianas, entre a bianga e a shirodara. Ela explica que na casa só é possível participar das sessões depois de responder um questionário, de rotina, para que eles saibam como proceder corretamente. Isso porque todo cuidado é pouco para quem faz. As Ayurvédicas, por exemplo, são feitas conforme o biotipo de cada um.

A massagem é feita no tatame e além das mãos podem ser utilizados outros membros do corpo, como os pés e os braços. O procedimento também é dividido: o processo seco é feito com pós de ervas secas, já o úmido trabalha-se com óleos vegetais. Isso conforme cada necessidade.

Outras formas

Um outro tipo de massagem indiana é a Bianga, mais simples de todas, que é feita com óleos mornos e trabalha os chakras, a energia vital existente em cada um de nós. É feita com movimentos que trabalham os pontos de energia e ao final são colocadas pedras coloridas nos chakras.
A Shirodara talvez seja a mais relaxante de todas as massagens indianas, quem escolher essa opção receberá sobre a cabeça um jato de óleo relaxante. Mas não se pode fazer em qualquer momento, é necessário responder o questionário para definir o horário.

As contra-indicações são as de sempre, por exemplo, diabéticos e grávidas devem passar longe das mesas. Mas quem está com problemas de depressão, insônia, ansiedade e dificuldade de concentração devem procurar o relaxamento.

A sessão varia de 1h a 1h30, mas pode passar disso se o estresse estiver elevado. As massagens não são tão baratas, já que os produtos utilizados são um tanto caros, os preços variam de 80 a 120 reais.

Postado no site: http://itodas.uol.com.br/

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aqueça-se nesse inverno

Aqueça-se nesse inverno

Dicas do Ayurveda para enfrentar o inverno
30/05/2008

Por Thays Biasetti

O inverno está quase aí. No final de junho, estaremos na estação mais fria do ano. O Brasil, por ser um país tropical, apresenta uma temperatura mais amena, com poucos dias de muito frio na estação. Mas esse curto tempo com as temperaturas mais baixas pode ser uma tortura para algumas pessoas. “Isso se dá porque somos seres únicos na natureza e, com ela, nós interagimos a todo o momento, fazendo nosso organismo responder individualmente às temperaturas do ambiente”, disse Erick Schulz, diretor do Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala e vice-presidente da ABRA-Associação Brasileira de Ayurveda.
Mas nem todos os doshas têm problemas com as temperaturas baixas. “As pessoas de dosha kapha e vata são as que mais sofrem com o inverno. Frio e umidade pioram o kapha, enquanto frio e ar seco, o vata. Mas o desequilíbrio desses dois também pode levar a um problema em pitta”, afirmou Cris Ayres, terapeuta ayurvédica da Ayur Elements, em São Paulo. Erick comentou que quem é vata deve tomar cuidado redobrado. “As pessoas com predominância de vata são as que sentem muito frio nesta época do ano e, por isso, necessitam ter muita atenção, pois possuem uma tendência a ficar com a pele mais seca e áspera.
Algumas vezes, chegam a ficar até com prisão de ventre, insônia, aumento da ansiedade, dor de cabeça e resfriados sucessivos”, disse Ayres.Ajuda ayurvédicaPara quem sofre demais com o frio, o Ayurveda pode ajudar. Alimentação, chás, roupas e massagens podem aliviar o desconforto causado pela temperatura, especialmente para vata e kapha. As massagens são feitas por um terapeuta ou pela própria pessoa, com óleos apropriados para cada dosha. Mas alguns óleos são indicados para todas as pessoas. “No inverno, é muito recomendada a utilização de óleos nutritivos e quentes, como os de gergelim e rícino para massagem com pedras quentes, sempre com muito cuidado para não desarmonizar o dosha Vata”, comentou Erick.
Também é muito importante cuidar da alimentação durante o período do inverno, pois o que comemos é o que mantém o equilíbrio do organismo, não deixando o frio se instalar. As pessoas devem ingerir alimentos mais nutritivos, quentes e úmidos, de preferência cozidos, grelhados ou assados, evitando sempre que possível o alimento cru. E cada dosha deve prestar atenção às suas características. “O doce, o salgado e o ácido são altamente benéficos para pitta e vata. Quem é kapha, no inverno, deve ficar atento, pois a alta ingestão de doces pode causar uma desarmonia. Atenção, ainda, para o uso de café, pois pode trazer desarmonia de vata”, recomendou o médico ayurveda.
Dicas que esquentamMas não são apenas massagens e alimentos que aumentam a temperatura. Para passar a estação fria sem nenhum problema, outros artifícios são bem-vindos. “Os chás de erva doce, camomila, canela, gengibre podem ser consumidos ao longo do dia, de preferência mornos, com mel e limão. E, para combater a secura, deve-se ingerir bastante líquido”, disse Erick. Manter o fogo digestivo (Jataragni) equilibrado é muito importante sempre, e em especial no inverno, quando o frio afeta mais o corpo. “O Ayurveda recomenda comer um pedaço pequeno de gengibre fresco com duas gotas de suco de limão e pitadas de sal antes das refeições. Isso ativa as glândulas salivares, produzindo enzimas necessárias, para que os nutrientes nos alimentos sejam facilmente absorvidos pelo corpo”, afirmou a terapeuta do Ayur Elements.Cris Ayres completou que é necessário prestar atenção também ao que vestimos, pois nem todas as roupas são indicadas para esquentar: “Todos os doshas devem ficar atentos à vestimenta.
Não use roupas sintéticas em contato com a pele e prefira as de algodão”. Erick também sugeriu outros elementos que podem ajudar a não sofrer com o frio. “Roupas mais escuras mantêm mais a temperatura do organismo, assim como a utilização de pedras preciosas chamadas quentes, como metal ouro e procurar fazer exercícios diariamente para manter o corpo sempre acordado e disposto”, disse Erick.
Seguindo as recomendações dos especialistas, esse inverno não vai ser tão gelado. Confira algumas receitas indicadas pelos profissionais de ayurveda para fazer em casa.

Na moda: Massagens indianas estão mais populares

Na moda: Massagens indianas estão mais populares

Nada melhor que uma massagem relaxante depois de um dia difícil de trabalho. Erick Schulz, o vice presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, garante que a Índia é especialista nesse assunto. E só podia ser já que lá massagem é considerada remédio.Schulz conta que na Índia, as massagens fazem parte do sistema de único de saúde, e que elas possuem fins medicinais e são capazes de fazer curas milagrosas. Isso porque os benefícios são muitos, e vão desde a redução de medidas até a harmonia do corpo e da mente. E ainda são usadas para manutenção da saúde ou em pacotes de tratamentos em spas.Toninha Nunes é dona de um spa que disponibiliza os mais diversos tipos de massagens indianas, entre a bianga e a shirodara. Ela explica que na casa só é possível participar das sessões depois de responder um questionário, de rotina, para que eles saibam como proceder corretamente. Isso porque todo cuidado é pouco para quem faz. As Ayurvédicas, por exemplo, são feitas conforme o biotipo de cada um.A massagem é feita no tatame e além das mãos podem ser utilizados outros membros do corpo, como os pés e os braços. O procedimento também é dividido: o processo seco é feito com pós de ervas secas, já o úmido trabalha-se com óleos vegetais. Isso conforme cada necessidade.

Creditos:iTodas

Cosmética Ayurveda

Cosmética Ayurveda

Beleza interior está relacionada as qualidades íntimas do ser, incluindo estados emocionais e habilidades mentais. Como as qualidades físicas, elas são largamente determinadas no nascimento, podem ser moldadas por dietas e estilo de vida. Nós também podemos levar nossas mentes a cultivar estados positivos. Como o corpo pode ser purificado e fortalecido, para tornar-se mais belo, assim, a mente também pode tornar-se equilibrada e disciplinada. O início desse processo é começar a aceitar quem somos, respeitar nossa constituição original, nos conscientizando de que podemos adquirir saúde e harmonia, nos apreciando e nos amando.

Relaxar a mente, meditar, seguir um estilo de vida saudável, leva-nos a expressar o melhor de nosso potencial, para que assim, possamos viver com compaixão, amorosidade e bem estar pleno. Estar belo externamente é apenas um reflexo do ser pleno que há internamente. Há um ditado que diz, “A beleza está nos olhos de quem vê”. É dito também que pessoas apaixonadas sempre parecem bonitas. Ayurveda sugere que, quando as pessoas têm auto-estima bem desenvolvida ou vêem o Divino dentro de si, elas irradiam beleza verdadeira. Portanto, beleza exterior é o reflexo da beleza interior. Nas culturas Ocidentais, o processo de envelhecimento dos homens tem sido visto sempre como algo bonito. Entretanto, o valor e a beleza das mulheres acima dos 40 anos de idade, parece ser ignorado. Beleza tem uma definição muito diferente nas culturas ancestrais, quando ambos, homens e mulheres envelhecem (e parecem mais velhos), a beleza também é considerada maior. Em outras palavras, a sabedoria que vem com a idade é valorizada como uma beleza mais profunda. Este é um surpreendente contraste com a cultura moderna hi-tech, que vê rostos superficiais, plenos de juventude, como sinal da beleza verdadeira. Todavia, se pessoas cuidam de sua saúde e cultivam sua ética, saúde e beleza interior serão irradiados até mesmo através da pele.

Divindade é a verdadeira beleza, que é o amor eterno. Paz mental é a origem da beleza Divina, que se desenvolve à medida que cada um encontra sua Divindade. Quando vivencia seu Eu interior como Divino, ela reflete beleza interna e externamente.

Existem Três Aspectos da Beleza:

Beleza Interna:Requer principalmente o desenvolvimento da virtude. Um dos principais textos Ayurvédicos, o Charaka Samhita, note que a longevidade pode ser adquirida quando se é ético e virtuoso. Este aspecto do caráter é parte do processo de desenvolvimento e manutenção da beleza. È também mais essencial do que a mera beleza exterior.

Beleza Externa:Está relacionada a estrutura óssea, tonicidade da pele, desenvolvimento muscular, inteligência, qualidade dos cabelos, jovialidade e peso. As ciências Védicas, como o Ayurveda e Astrologia, discutem a beleza exterior como a interação do resultado da beleza interior e virtude.

Beleza Kármica:É resultante de traços genéticos. Cada pessoa tem graus variados de graça, que realçam a beleza, através de vivências de compaixão, amor, paciência, compreensão e compartilhamento, os quais estão em harmonia com a natureza.

A pessoa verdadeiramente bonita é definida como aquela que é saudável, ama sua vida e tem relacionamentos que a ajude a crescer espiritualmente. Meditação, yoga, massagem, Abhyanga, aromaterapia, dieta apropriada, ética e uma auto-imagem positiva são aspectos essenciais para desenvolvermos a verdadeira e definitiva aura da beleza.

Os cosméticos Ayurvédicos são mais um instrumento, juntamente com a dieta e práticas no estilo de vida, para adquirirmos harmonia. Usando ervas, flores e óleos essenciais, os cosméticos Ayurvédicos proporcionam equilíbrio da pele de forma sutil, nos ajudando a descobrir nossa beleza natural.

A Cosmetologia Ayurvédica é um excelente momento para a pessoa não só ficar bonita e sim saudável.

A utilização de técnicas milenares de desintoxicação e reequilíbrio do organismo traz ao cliente um novo estado de consciência do que é beleza., mostra que beleza não alcança somente se tratando a “lataria” e sim o “motor”.

Mostra ao cliente que não são cremes ou emplastos de ervas somente que deixarão a pele bonita e sim uma alimentação saudável adequada a cada biotipo, massagens adequadas, banhos de vapor, ervas, meditação e yoga são algumas das técnicas que poderão ser utilizadas num tratamento de beleza.

A maior diferença do tratamento ayurvédico é a idéia única que Mente, Corpo e Energia andam juntos e devem ser tratados juntos.

Fonte: Erick Schulz, diretor do Instituto Védico Naradeva e Revista Atma

Medicina ayurvédica desintoxica o organismo

Medicina ayurvédica desintoxica o organismo
PUBLICIDADE - Portal Yahoo - http://br.noticias.yahoo.com/s/12022009/25/entretenimento-medicina-ayurvedica-desintoxica-organismo.html

Por Giuliana Reginatto
São Paulo, 12 (AE) - Panchakarma, shirodhaara, swedana. Nomes complicadíssimos escondem tratamentos relativamente simples, à base de ervas, cereais e outras substâncias encontradas na natureza. Elas integram um sistema terapêutico popular na Índia há milênios: a medicina ayurvédica, que deve ganhar fama no Brasil na segunda fase da novela das oito, Caminho das Índias. "O ator Marcelo Brow, que vai representar um especialista em ayurveda, comandará um spa. Eu mesma prestei consultoria para ele", conta a terapeuta Ma Prem Ila, presidente do Instituto Brasileiro de Terapias Ayurveda (Ibrata).

Segundo Ma Prem, a medicina ayrvédica atua na desintoxicação do organismo. "A doença não começa só a partir da comida errada que você ingere, também é desencadeada por emoções erradas. Nós digerimos os alimentos e os sentimentos, tudo aquilo que vemos, ouvimos. Isso tudo se transforma em toxinas que serão acumuladas no órgão mais frágil de cada ser humano. Na ayurveda o terapeuta vai na raiz das doenças, eliminando as toxinas", explica a especialista. "A principal técnica que usamos se chama panchakarma, que possui cinco ações terapêuticas."

Ma Prem indica passar pelo panchakarma ao menos uma vez por ano. "Ele começa com o 'basti', que consiste na aplicação via retal de óleo e chá à base de ervas para eliminar gases e fezes. Logo depois vem o 'virechana', tratamento que promove a purgação por meio da ingestão de substâncias fitoterápicas laxativas que provocam evacuação frequente. A terceira etapa se baseia no vômito induzido, desencadeado por meio de infusões com ervas e óleos à base de 'ghee', a manteiga indiana."

Também conhecida como manteiga clarificada, a substância 'ghee' participa de várias terapias na Índia. Ela passa por procedimentos de filtragem e aquecimento, ficando livre de resíduos lácteos. "Na quinta fase do 'panchakarma', a 'nasya', usamos substâncias à base de ghee. O objetivo é eliminar as toxinas dos ombros para cima com a aplicação de gotas oleosas e fitoterápicas nas narinas, consideradas as entradas da mente na Índia", revela Ma Prem . A quarta etapa do tratamento, 'raktamokshana', é a mais polêmica, pois se baseia na retirada de 70 a 100 ml de sangue do organismo. "Na Índia, isso é feito com sanguessugas", acrescenta.

Os indianos acreditam que os cinco procedimentos do 'panchakarma' podem promover o equilíbrio dos doshas - energias que regem as funções biológicas. "É o tratamento mais importante quando não há contraindicação. Não é recomendado para cardíacos, pessoas com úlcera, gastrite, hemorróida. Também é necessário pesquisar muito sobre o local onde será feito o tratamento já que a ayurveda ainda não tem registro no Brasil", diz Ma Prem.

Além do 'panchakarma', a medicina ayurvédica conta com procedimentos menos radicais, como 'swedana', uma sauna terapêutica com vapores exalados de ervas. Também popular é a 'shirodhaara', que se caracteriza pelo fluxo contínuo de gotas de óleo medicinal morno sobre a pineal, entre as sobrancelhas. "No Brasil a terapia mais difundida é a massagem ayurvédica, a maioria das pessoas nem sabe que ela faz parte de um sistema de saúde", diz o terapeuta Erick Schulz, diretor do Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala.

"No Instituto realizamos todo tipo de terapias, temos três salas especialmente preparadas para elas. O mais importante é frisar que a ayurveda age na manutenção da saúde, ajudando a prevenir as doenças. Essa é a principal diferença entre ela e a medicina alopática, que age para tratar males já instalados", avalia. Ele enfatiza que a ayurveda se fundamenta no tratamento personalizado, mas destaca alguns procedimentos diários gerais que podem auxiliar quem busca mais saúde.

SERVIÇO
Ibrata - Instituto Brasileiro de Terapias Ayurveda
meditação, cursos e tratamentos. http://www.ibrata.com.br/

Instituto de Cultura Hindu
Naradeva Shala - quiromancia védica, workshops, tratamentos, personal yoga, música indiana. http://www.naradeva.com.br/

ROTINA (DYNACHARYA)
1. Acorde às 5h, com o nascer do sol. Esvazie bexiga e intestino
2. Beba um copo de água morna
3. Faça exercícios de respiração com práticas de meditação e ioga para se conectar ao universo
4. Promova a higiene bucal, limpando inclusive a língua
5. Tome café da manhã em quantia regular, antes das 7h
6. Almoce entre 11h e 12h, neste horário o fogo digestivo é mais
intenso. É a refeição mais farta, a quantia deve ser equivalente ao
volume que cabe entre suas duas mãos unidas pelo dedo mínimo
7. Após o almoço caminhe por 15 minutos (ou 100 passos). Durma, mas não ultrapasse os 20 minutos e se deite sobre o lado esquerdo.
8. Faça uma pausa para um chá às 17h e se prepare para o banho, às 18h. Repita os procedimentos de ioga para se desligar da agitação
9. Jante pouco, dando preferência para os legumes. Ande por 15
minuto; lave bem a boca e língua
10. Durma de preferência às 20h, no máximo às 22h.

Metais tóxicos são encontrados em medicamentos

Metais tóxicos são encontrados em medicamentos
04 de setembro de 2008 • 18h40 • atualizado às 18h40

Eric Nagourney
Estados Unidos
Pessoas que compram medicamentos ayurvédicos, comumente utilizados ao redor do mundo por indianos e outros povos do sul da Ásia, podem estar levando mais do que esperavam.

Pesquisadores examinaram quase 200 produtos ayurvédicos, comprados nos Estados Unidos, e concluíram que cerca de um quinto deles continha chumbo, mercúrio ou arsênio, às vezes em níveis altamente perigosos.

Na edição de 27 de agosto do periódico The Journal of the American Medical Association, os pesquisadores recomendaram que as agências reguladoras estabeleçam limites de dosagem diária para metais tóxicos em suplementos dietéticos e obriguem os fabricantes a testar seus produtos para que estejam em conformidade com tais padrões.

Os pesquisadores, liderados pelo doutor Robert B. Saper do Boston Medical Center, compraram os remédios pela Internet em 2005. Alguns produtos foram fabricados na Índia e outros nos Estados Unidos, mas a prevalência dos metais foi similar nos produtos dos dois países, segundo o estudo.

Em alguns casos, a presença dos metais pode não ter sido acidental. Uma das formas de medicina ayurvédica, a rasa shastra, envolve a adição de certas substâncias ao remédio, disseram os pesquisadores, e os produtos desse tipo continham os maiores níveis de metais. Mas os metais também foram encontrados em alguns medicamentos descritos simplesmente como fitoterápicos.

Os pesquisadores colocam em dúvida a crença, sustentada pelos praticantes de rasa shastra, de que os metais não causam danos quando o preparo do medicamento é correto.

Tradução: Amy Traduções

Ayurveda estimula o turismo médico na Índia

20/04/2008 - 00h03
Ayurveda estimula o turismo médico na Índia

Jordi Joan Baños
Em Nova Déli

Há mais de 40 anos a ioga seduz milhões de ocidentais com suas técnicas de respiração, concentração e elasticidade. Ultimamente, outra sabedoria indiana milenar, o ayurveda, promete benefícios além da mente: curar o corpo, ou pelo menos prevenir a doença e retardar o envelhecimento. No entanto, diversos obstáculos de homologação fizeram que esse antigo sistema de cura ficasse reduzido na Europa principalmente a tratamentos cosméticos e massagens.As autoridades indianas há mais de uma década tentam colocar o ayurveda -palavra que poderia ser traduzida como "ciência da vida"- acima de qualquer suspeita, com um notável esforço científico de pesquisa, sistematização e ensino. Sua origem remota está nos vedas -livros sagrados hindus- escritos há 3 mil anos no norte da Índia. No entanto, as invasões muçulmanas substituíram aos poucos ali a tradição médica autóctone pela árabe-persa. Esse tipo de medicina, conhecida como unai, também está sob o guarda-chuva do organismo público Ayush, que corresponde às iniciais de ayurveda, ioga, unai, siddha (medicina tradicional do sul da Índia) e homeopatia. Esta última está muito disseminada na Índia, apesar de ter sua origem na Europa do século 19.

Ayurveda significa em sânscrito "ciência da vida". Seus textos mais antigos têm 2.300 anos e mostram uma medicina indiana independente da grega ou da chinesa. O ayurveda floresceu durante o domínio budista da Índia, quando era ensinado nas universidades como Nalanda ou Taxila. O imperador Ashoka favoreceu a vertente relacionada às ervas medicinais, em detrimento da cirurgia.O ayurveda vai além da supressão dos sintomas. Pretende eliminar os motivos da doença, integrando corpo e mente e dando atenção à dieta e à forma de vida. Os odores -de ungüentos a massagens- e os sabores da dieta têm efeitos psicológicos.A licenciatura em medicina e cirurgia ayurvédica exige cinco anos e meio de estudos regrados na Índia, incluindo um ano de prática. Recomendam-se conhecimentos anteriores de física, química e biologia e noções de sânscrito. A universidade indiana de Benares é uma das duas que oferecem pós-graduação e um doutorado de três anos em ayurveda.Todos os anos 12.200 aspirantes se formam nos 242 centros oficiais de ensino, com a intenção de integrar-se a algum dos 2.400 hospitais indianos que oferecem esse tipo de medicina.

UMA CIÊNCIA COM MAIS DE 2.300 ANOS
CUIDADOS COM O AYURVEDASeria pois no sul que sobreviveria o ayurveda. Especialmente em Kerala (Índia), que nos últimos anos acrescentou à sua oferta de praias cercadas de coqueiros uma experiência direta com o ayurveda. Em centros turísticos como Varkala ou Cochin proliferam as ofertas de "massagens ayurvédicas genuínas", de preço e qualidade muito variáveis. Os óleos aromáticos aplicados na testa ou nas têmporas -ou mais energicamente nas costas ou por todo o corpo- são a quintessência da terapia. O ayurveda não só descontrai e embeleza como cheira maravilhosamente bem. Kerala faz justiça à fama rejuvenescedora do ayurveda, já que sua expectativa de vida, dez anos superior à média indiana, é comparável à dos EUA, apesar de a renda per capita ser infinitamente inferior. Na América do Norte os produtos de beleza ayurvédicos são a última moda, com esse mesmo nome ou o mais pronunciável, embora absurdo, de aveda.O escritor e diplomata Shashi Tharoor é um convertido tardio a esses tratamentos. Tharoor, cuja agenda, como a de muitos turistas, só permite alguns dias de tratamentos purificadores, reconhece que há uma certa banalização nos pacotes turísticos que incluem ayurveda, mas que seus benefícios são inegáveis para qualquer pessoa.É que o ayurveda entrou com força no circuito do turismo de spa e bem-estar, para ocidentais que necessitam recarregar as baterias. São inúmeros os estabelecimentos turísticos palacianos com tratamentos ayurvédicos, e hotéis que antes exibiam com arrogância sua "ocidentalidade" hoje vendem a "indianidade" global. Nas grandes cidades como Nova Déli abrem-se clínicas ayurvédicas pensadas para o turismo médico, com tarifas decididamente ocidentais.O ayurveda não cura os sintomas, como a medicina ocidental, mas vai à raiz do problema e estabelece um diagnóstico integral -ou holístico- do indivíduo. Cada um é catalogado como um tipo de paciente e recebe massagens, óleos, dieta e tratamento individualizados. O ayurveda inclui uma sofisticada farmacopéia, onde as propriedades de milhares de plantas estão codificadas há séculos. As barreiras para alguns produtos ayurvédicos na Europa e nos EUA nos últimos anos tiveram mais a ver com o uso de metais em alguns preparados. A inclusão de quantidades ínfimas de mercúrio, cádmio, ferro ou chumbo causou problemas de homologação no Canadá e outros países -e sua retirada do mercado. Para o doutor Ashutush, de uma clínica ayurvédica em Nova Déli, "não há problema se comprarem as substâncias de uma companhia renomada".Nesse sentido, ele cita a Himalaya, empresa fundada há 80 anos e que conta com um amplo catálogo de produtos de saúde e beleza que são vendidos em dezenas de países. Na própria Índia, seus cremes e pílulas, que custam 1 euro o frasco, são cobiçados pelos turistas ocidentais. Menos demanda têm os produtos panchgavya, que utilizam os cinco produtos permitidos da vaca sagrada: leite, manteiga, iogurte, urina e excremento. Apesar de o nacionalismo hindu ter promovido os centros de pesquisa de panchgavya, nem todo mundo se dispõe a usar sabão à base de urina, apesar de seus efeitos anti-sépticos.Há uma Academia Nacional de Ayurveda, que oferece cursos de vários anos e cujo diretor, o doutor Prashad, resume sua disciplina como "uma forma de medicina natural". Mais elaborada é a resposta do doutor Lavekar, do Instituto de Ayurveda de Nova Déli: "É uma ciência da saúde holística, que trata completamente o corpo e a mente, e não só a doença". Segundo Lavekar, "tudo o que existe no mundo se reflete em nosso corpo, somos uma réplica criativa do universo". Portanto, a função do ayurveda seria "manter o equilíbrio com a natureza e prevenir as crises de saúde". Dito de outro modo, "o ayurveda não se encarrega tanto de suprimir a enfermidade como de manter a saúde". Daí sua ênfase para a dieta, "sobretudo vegetariana, embora não exclusivamente".O ayurveda prescreve um tratamento e um tipo de dieta diferentes segundo o "humor" de cada pessoa -depois de examinar seu corpo, seu estado de ânimo, seu histórico e seu estilo de vida. Outra palavra-chave é "rejuvenescer". Lavekar não hesita em afirmar que "o ayurveda freia o envelhecimento". "A medicina ocidental acabou dando razão ao nosso enfoque", conclui Lavekar. Mas também há quem critique que o ayurveda só cura quem não está doente. Em caso de emergência, os próprios médicos ayurvédicos recorrem à medicina ocidental.

Índia cria arquivo de posições de yoga para evitar pirataria

Índia cria arquivo de posições de yoga para evitar pirataria
Andrea Wellbaum
Da BBC Brasil em Londres

A yoga é praticada pelos indianos há pelo menos 6 mil anos.
Um grupo de cerca de 200 gurus e cientistas da Índia se reuniu para identificar todas as antigas posições de yoga - as asanas - para prevenir a pirataria.
A medida, que tem o apoio do governo indiano, é uma resposta à concessão de dezenas de patentes nos Estados Unidos a professores de yoga que alegam ter sido os criadores de determinadas asanas e que podem estar se beneficiando indevidamente de um conhecimento indiano milenar.
"Patentes de posições de yoga e marcas registradas sobre instrumentos de yoga têm se tornado excessivas no Ocidente. Até agora, identificamos 130 patentes relacionadas à yoga concedidas nos Estados Unidos", afirmou à BBC Brasil o Dr V.P Gupta, que criou um arquivo digital do conhecimento indiano, a Traditional Knowledge Digital Library (TKDL).
Os especialistas estão pesquisando cerca de 35 textos em sânscrito, incluindo os famosos Mahabharata e Bhagwad Gita para identificar e documentar todos os conceitos, posturas e terminologias conhecidos de yoga.
O livro mais antigo que está sendo documentado deve ser o Yoga Sutras, de Patanjali, segundo Gupta.
Até agora, cerca de 600 asanas já foram documentadas e espera-se que até o fim do ano sejam registradas pelo menos 1,5 mil.
Indústria bilionária
Uma vez identificadas, elas serão incluídas na TKDL e reconhecidas como propriedade pública da Índia.
"Nosso objetivo não é patentear as posições de yoga, já que o conhecimento que já é de domínio público não pode ser patenteado. Como os livros de yoga foram escritos em 2500 a.C., ninguém pode patentear ou registrar a yoga", explicou Gupta.
A medida tem como objetivo, segundo Gupta, reduzir os casos de apropriação indevida das informações, "o que deve evitar os procedimentos custosos de invalidação de patentes concedidas indevidamente", disse Gupta.
"Além de fotos e explicações das posições, serão incluídos vídeos de especialistas praticando as asanas. Também haverá uma explicação gravada que dirá qual texto menciona a posição em questão. As informações estarão disponíveis em cinco idiomas internacionais", acrescentou Gupta.
Estima-se que a yoga virou um negócio de US$ 225 bilhões (cerca de R$ 526 bilhões) no Ocidente. Cerca de 16,5 milhões de americanos praticam yoga e gastam cerca de US$ 3 milhões (cerca de R$ 7 milhões) por ano em aulas.
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