terça-feira, 24 de novembro de 2009

Estudo liga meditação a menor risco em cardiopata

São Paulo, terça-feira, 24 de novembro de 2009
Folha de São Paulo - Saúde


Estudo liga meditação a menor risco em cardiopata
Pesquisa seguiu pacientes por cinco anos e foi apresentada em congresso nos EUA

Para especialistas, a técnica tem efeito antiestresse, reduzindo níveis de cortisol e adrenalina (que elevam a frequência cardíaca)

GABRIELA CUPANI
DA REPORTAGEM LOCAL

Praticar meditação pode ajudar a reduzir quase pela metade o risco de sofrer um ataque cardíaco ou um AVC (acidente vascular cerebral) em pacientes com doença cardiovascular. Esse é o resultado de um estudo apresentado no congresso da American Heart Association, realizado em Orlando.

Segundo os autores da pesquisa, feita no Medical College of Wisconsin e patrocinada pelo instituto americano de saúde, trata-se do primeiro estudo controlado que constatou os benefícios a longo prazo da técnica sobre eventos no coração.


Os pesquisadores acompanharam 201 pacientes, com idade média de 59 anos, durante cinco anos. Todos tinham aterosclerose (depósito de gordura nas paredes das artérias).

Eles foram separados em dois grupos. Um foi submetido a um programa de meditação transcendental, praticado duas vezes por dia durante 15 ou 20 minutos. O outro foi considerado o grupo controle. Todos continuaram recebendo os remédios que já tomavam.

Ao final d o período, no grupo que praticou meditação houve 20 eventos, como ataques cardíacos, derrames e mortes. Entre os demais, foram 32. Os que meditaram também tiveram uma redução da pressão arterial de cinco milímetros de mercúrio (a medida usada para pressão), em média.

"A meditação tem um efeito antiestresse, com queda nos níveis de cortisol e adrenalina", explica o psicólogo José Roberto Leite, chefe do núcleo de medicina comportamental da Universidade Federal de São Paulo.

Sabe-se que os hormônios relacionados ao estresse (como o cortisol e a adrenalina) interferem no metabolismo e aumentam a frequência cardíaca, a pressão arterial e os níveis de gorduras -o que tem um impacto direto na saúde cardiovascular. A longo prazo, os efeitos do estresse também abalam o sistema imunológico.

"É um trabalho científico sério que corrobora o que já se observava na prática", diz o cardiologista Carlos Alberto Pastore, do InCor (Instituto do C oração). Segundo ele, qualquer atividade que alivie o estresse reduz também o risco cardíaco.
"A pessoa que medita consegue enfrentar melhor o estresse", diz Norvan Leite, médico especialista em medicina chinesa e responsável pela implantação da primeira sala de meditação em um hospital público e pelo serviço de acupuntura no Hospital do Servidor Público Municipal, em São Paulo. "A prática altera o organismo como um todo", observa.

Depressão
Outro estudo sobre o assunto, publicado no periódico científico "American Journal of Hypertension", demonstrou que a meditação também é eficaz para reduzir a pressão arterial, a ansiedade e a depressão. A pesquisa, feita na American University, em Washington, acompanhou por três meses 298 estudantes universitários, divididos em dois grupos.

"A meditação promove mudanças neuroquímicas significativas com a liberação de endorfinas", completa José Roberto Leite, da U nifesp.
Segundo o psicólogo, após um mês de prática regular é possível observar alguns benefícios. "Mas deve-se encarar a meditação como a alimentação ou a atividade física e incorporá-la à rotina", afirma.

domingo, 15 de novembro de 2009

krishna Nascimento, Vida e sua Doutrina

Video feito em homenagem a minha mãe, baseado em um artigo escrito por ela para a revista Sexto Sentido, já há algum tempo.

Este video foi feito pelo amigo Sergio Carvalho .....

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Nojenta?

Matéria que saiu na revistra TRIP, desculpe-me eu não colocar detalhes da edição, eu recebi assim via internet ... vale a pena ler .... risos .... abraços

Nojenta?
A mulher perfeita não tem cheiro, nem pelos, hálito, chulé ou gosto. Nojo de nós mesmas?

Você acorda cedo em uma segunda-feira para ir trabalhar. Como sempre, coloca o despertador para tocar uma hora antes. Assim, tem tempo de correr para o banheiro, escovar os dentes e bochechar com algum antisséptico bucal. Imagina se o seu namorado resolve te dar um beijo e você está com mau hálito! Também é bom fazer cocô antes que ele acorde. E depois jogar um aromatizante no banheiro para que nada fique com cheiro – o seu cheiro. Tem coisa mais nojenta?


Na hora do banho, você aproveita para lavar a sua xoxota com um sabonete íntimo bem perfumado. Em seguida, desodorante corporal e um outro na axila que promete te “proteger” o dia inteiro. Antes de se vestir, você coloca um absorvente para uso diário na calcinha. A embalagem dizia que ele inibe os odores naturais. Melhor assim. Imagina se alguém do seu trabalho senta perto de você e percebe um cheiro estranho vindo “dali”.


Alguns dos seus rituais serão repetidos durante o dia. Na nécessaire, você carrega um pacote de lenços umedecidos para higiene íntima. E de noite, depois de trabalhar, você finalmente terá uma folga e poderá transar com o seu namorado. Mas só se a depilação estiver em dia. Assim que o sexo acaba, você corre para o banho. Abraçar o amor da sua vida cheia de suor? Nem pensar.


Odores naturais?Talvez você tenha se identificado com pelo menos duas das atitudes da moça descrita acima. Se sim, saiba que foi pega por uma síndrome que atinge muitas garotas: o nojo de tudo que sai do próprio corpo. Uma espécie de “doença social” que faz com que passemos a achar que coisas naturais, como secreções, suor, menstruação e pelos são uns trecos nojentos. Mas como assim? Aquilo que sai do nosso corpo é mesmo tão desagradável?


Pelo jeito, muita gente acha que sim. Prova disso é que a indústria de cosméticos só cresce no Brasil. Ela é a terceira em tamanho no varejo mundial. Olhando nas prateleiras das farmácias dá para perceber. Só os sabonetes íntimos, aqueles fabricados especialmente para você lavar a sua xoxota, são encontrados em dez tipos. Dois anos atrás, eram três ou quatro. Hoje, tem com cheiro de morango, os indicados para o verão e por aí vai. Existe até, pasmem, sabonete íntimo “teen”. Há também uma grande variedade de protetores para a calcinha de uso diá­rio. Um segmento que cresce 15% por ano, de acordo com o Guia das Farmácias. Os da moda são os que prometem evitar “possíveis odores naturais”.


A publicitária Renata** aderiu à novidade. “Uso absorvente antiodor. Ainda mais no calor. Detesto quando vou à casa de alguém que tem cachorro e ele fica me seguindo por causa do ‘cheiro de cio’. Faço tudo para evitar ficar com cheiros, penso que alguém pode sentir.”


Este corpo não te pertence Vale lembrar que quando éramos adolescentes tínhamos no máximo quatro tipos de absorventes para escolher. Hoje, nas drogarias, encontramos mais de 30. Os mais modernos avisam na capa que amenizam os possíveis odores da menstruação. E outros carregam no rótulo a promessa de manter o fluxo sem contato com o corpo. Ou seja, já que o sangue sai de você, que pelo menos fique bem longe. Assim como o suor, o hálito ou qualquer outro cheiro ou fluido que saia do seu corpo.


Estamos falando de um exagero que o filósofo Mario Sergio Cortella, da PUC-SP, considera uma doença social. “Cada dia percebemos um aumento do processo de desnaturalização do corpo. Achamos que podemos barrar a natureza. A mulher não pode ter pelos, cheiros, precisa tirar as marcas do tempo. Viramos pes­soas de plástico. Isso nada mais é que uma recusa à aceitação da vida”, explica Cortella. Se identificou?


O professor compara nosso corpo a um shopping center. Faz sentido. “Há 30 anos esse processo antinatureza começou nos shoppings, onde a luz é artifical, as plantas não crescem naturalmente. Nos shoppings não há relógios, para que o tempo não passe. A mesma coisa agora acontece com o corpo da mulher. Repare que os pelos precisam ser ‘podados’ constantemente”, lembra Cortella.
Sim, a depilação, principalmente a íntima, é vista como um sinal de “limpeza”. Em sites, livros e revistas que ensinam a “se preparar para uma noite de amor”, ela é vista como fator fundamental. No livro de autoajuda Por Que Ele não Ligou (ed. Sem Fronteiras), há uma lista de coisas que “excitam os homens dos pés à cabeça”. Entre elas “depilação já” e “bom hálito, balinha de hortelã!”. Já repararam o quão patéticos são os anúncios dos cremes depilatórios? Um deles diz: “Mostre que você cuida de si mesma se depilando”. Atenção: os publicitários vendem depilação como quem vende saúde. E a gente ainda compra a ideia.


“Os pelos têm uma função de proteção”, explica o ginecologista Adailton Salvatore Meira. Segundo ele, a natureza sabe o que faz. “Se você depilar toda a área genital algumas vezes, não vai ter problemas, mas se fizer isso sempre vai ficar sem defesa contra bactérias”, explica. O exagero no uso de sabonetes íntimos, segundo o médico, também pode ser um problema. “O ideal é que se use um sabonete de pH neutro. Quanto mais química tiver, pior, pois as substâncias podem ressecar a área e, a longo prazo, até fazer com que a região fique propícia a infecções.” O alerta é maior para os protetores de calcinha de uso diário. “A região vaginal precisa ‘respirar’, senão pode virar um celeiro para infecções.”


Zonas úmidasA autoassepsia feminina começa a ser enxergada por pessoas mundo afora como um sinal de que os padrões de beleza estão deixando as mulheres cada vez mais distantes do que realmente são. Uma das moças a detectar tal fenômeno – e a causar burburinho em todo o mundo – é a escritora inglesa Charlotte Roche, autora de Zonas Úmidas (ed. Objetiva). Em seu romance de estreia, ela conta a história de uma menina de 18 anos que acaba em um hospital após tentar raspar seus pelos do ânus – “já que todas as áreas por onde ela faz sexo precisam estar sem pelos, e ela também usa o ânus para fazer sexo”. A personagem adora seus odores naturais. Usa, inclusive, suas secreções vaginais como perfume. Um exagero, mas que transformou o livro em um best-seller mundial que já vendeu mais de 1 milhão de exemplares. E Charlotte foi considerada uma espécie de neofeminista por tratar o assunto com tamanha liberdade. Jornais como o New York Times, acabaram com sua obra. “Tudo isso é feito para supostamente parecer corajoso e perturbador, mas Zonas Úmidas é simples e deliberadamente agressivo”, estampou o diário americano. Charlotte dá de ombros e assume que quis mostrar que “as mulheres foram parar em uma zona exagerada de limpeza, onde tudo o que fazem parece pecaminoso”.

Mas por que temos tanta rejeição às nossas “zonas úmidas”? O psicanalista Christian Dunker, da USP, arrisca uns palpites. Para ele, o corpo se tornou tão importante por ser algo que imaginamos controlar, moldar e produzir como imagem de nós mesmos. “O cheiro, nesse sentido, é um traço essencial de que há algo que não controlamos em nosso próprio corpo. Podemos usar xampus, cremes e perfumes, mas essas táticas se degradam no tempo, são corrompidas por nosso suor, pelos odores do ambientes, pela presença do cheiro do outro.” Ou seja, por mais que você se entupa com todos os produtos existentes no mercado, não adianta, algo vai fugir do seu controle. Coisa que a publicitária Renata acabou descobrindo depois de anos de paranoia.


“Quando casei, acordava, bochechava com um antisséptico e voltava pra cama. Tinha medo que meu marido percebesse meu cheiro. Com o tempo relaxei, mas ainda dou só um beijo rápido de manhã”, diz. Vale lembrar que tanta “limpeza” e “proteção”, palavras agregadas aos produtos, nem sempre são amigas da saúde. Segundo o dentista Marcelo Cortella, os “líquidos para bochechar” devem ser usados com moderação. “Alguns branqueadores possuem produtos químicos que podem desgastar os dentes.” O mais importante: eles não substituem a escovação e o fio dental. Você pode bochechar o dia todo para se livrar de cheiros, mas os seus dentes, ou seja, a sua saúde, não vão ser beneficiados por isso.


A maioria dos produtos anticheiro é dirigida para mulheres. Vocês já viram sabonetes íntimos para homens? Ou já ouviu um homem dizer que não vai fazer sexo porque não está depilado? Provavelmente não. “Os pelos e as secreções masculinas funcionam como uma espécie de demarcação territorial”, lembra o psicanalista Christian Dunker. “O homem muito limpo, ou que não permite se sujar, nos sugere alguém que tem dificuldades em se misturar com os outros ou de suportar os diferentes estilos de prazer. Já uma mulher percebida como suja ou ‘insuficientemente limpa’ é associada a alguém que coloca seu desejo ativamente, que tem vontade de se misturar, de se sexualizar ou simplesmente que não se importa com a opinião – e logo com o desejo – dos outros.”Sinal dos temposEssa mania de limpeza excessiva, vale lembrar, é recente. A historiadora Mary del Priori, autora de História das Mulheres no Brasil (ed. Contexto), conta que o termo “cc” surgiu na década de 40 e significa exatamente cheiro de corpo. “Havia um apreço ao cheiro natural da mulher. Napoleão Bonaparte, em suas cartas para a amante Maria Josefina, pedia que ela não se lavasse”, lembra. A assepsia, segundo ela, começou a virar mania a partir dos anos 70. “Foi nessa época que a Barbie se espalhou pelo mundo. E com ela a imagem de uma mulher sem pelos, sem manchas, literalmente de plástico.” De acordo com a estudiosa, a partir daí, a fêmea passou a ser desodorizada. “Isso faz com que algumas mulheres tenham nojo de fazer coisas tipicamente femininas, como cozinhar (e ficar com as mãos cheirando comida) ou amamentar (porque o leite tem cheiro).” Sim. Esse é o exagero máximo a que todo esse nojo de seu próprio corpo pode chegar.


Nem todas entram nessas, é claro. “Uma mulher obcecada por depilação e que não quer ter cheiro simplesmente deixa de ser mulher”, pensa a atriz carioca Maria Manoella. Aos 31 anos, bonita e saudável, ela passou a refletir sobre essas questões depois de ler Zonas Úmidas. Assim como outras garotas que a reportagem da Tpm ouviu para esta matéria, Manoella ficou intrigada com uma questão levantada por Mary del Priori: “Será que os homens não sentem falta de cheirar uma mulher assim como Napoleão?”. Bem, nós preferimos primeiro ficar em paz com nossos cheiros e afins para, depois, pensar nos Napoleões.


Colaborou Bruna Bopp e Luíza Karam**O nome foi trocado a pedido da personagem

Neutralize-se
Que liberdade pode ter uma mulher sem cheiro?
Por Denise Gallo*

Após meses de sedução mútua, encontram-se na rua, por acaso, e vão tomar um chope. Um frio na barriga puxa o outro e acabam na casa dela. Mas ela sente um mal-estar. Sabe que não está preparada. Precisa resolver algumas pendências. Por isso, pedirá a ele que escolha uma música e correrá pro banheiro. Com a base líquida, cobrirá as manchinhas na pele. Com o creme depilatório, fará sumir os pelos intrusos. Com o lenço umedecido íntimo, eliminará “odores naturais”. Umas gotas de perfume e – agora sim! – sente-se adequada e feminina. Pronta para trocar fluidos higienizados noite adentro.

“Neutraliza odores naturais femininos.” Essa promessa, estampada em embalagens de produtos íntimos, é a mais perfeita tradução do comando sórdido que dá como certo que odores naturais são indesejados. Quando se trata do corpo feminino, a coluna dos “naturais indesejados” só cresce. O Photoshop invade a vida real, na forma de corretivos, lenços umedecidos e aromatizantes bucais, para retocar cheiros e sabores, texturas e cores, rugas e manchas. Neutralizada em suas singularidades, a mulher lisinha, sequinha e com sabor de cereja é a mulher desejável. Lição a ser aprendida desde cedo, como comprova a revista mui amiga das adolescentes e suas matérias sobre produtos para beijar bem ou sobre lenços íntimos que “depois que você experimentar se tornarão itens de primeira necessidade”. Por essas e outras, fica mais fácil entender por que uma autora que inventa uma personagem que gosta do cheiro do seu corpo é aclamada mundo afora como nova feminista.

É verdade que os médicos dispensam boa parte das traquitanas ofertadas nas prateleiras quando orientam a higiene adequada, em geral muito bem resolvida com água e sabão. De qualquer forma, elas não são vendidas como meros produtos de higiene. Há uma teia de significados sugerindo que, mais do que limpar, trata-se de um ato de respeito, de cuidado consigo mesma. Mulheres passam publicidades inteiras acariciando-se em banhos intermináveis enquanto enfatizam que isso é ser feminina. “Cultive sua feminilidade todos os dias”, sugere o comercial de um. “Deixa a mulher ainda mais feminina”, promete o site do outro. Feminina e neutralizada.

Voltando à garota do início, podemos torcer para que, quando ela tentar ganhar tempo com o truque da música, ele fale que prefere ouvir a respiração dela. Ela, então, não terá como fugir para a sessão de assepsia no banheiro e terá que vivenciar os cheiros e sabores do seu corpo. Mas, num lance inesperado da vida, esquecerá o que leu nas revistas sobre o poder da pele aveludada e experimentará um outro tipo de intimidade. Nada neutralizada dessa vez.

*Denise Gallo, 38, é sócia da Uma a Uma, empresa de inteligência de mercado especializada em comportamento feminino: blog.umaauma.com.br . Seu e-mail: denise@umaauma.com.br

Cheiro de mulher
Por amor aos nossos narizes, não nos privem do mais divino dos aromas
Por Ronaldo Bressane

Já estão ganhando dinheiro com cheiro de xoxota industrializado. Pelo que se entende da propaganda, o Vulva, aroma vendido na Alemanha, é sintetizado através do substrato de perseguidas finamente selecionadas (www.smellmeand.com). “Aplique a substância na mão e sinta o olor exsudado por uma vagina iniciar o filme na sua cabeça.” Para acessar o mais divino aroma natural, o coitado recorre ao supermercado – além do cinco contra um. Depois passa um sabonete e pede uma pizza. Tem coisa mais triste?

Num tempo em que até um meio-campista viril como Richarlyson faz a sobrancelha, por que não comprar um cheiro de xoxota quando bater a saudade daquela coisa chamada mulher? É prático, é garantido. E é global. Vou botar a culpa na tal da globalização para entender o festival de photoshopismo que nos assola. Se misses e modelos parecem cada vez mais a mesma mulher, suas pudendas também devem trescalar no padrão mundial. O ideal da propaganda é simples: a perfeição. E a perfeição, sabemos, não cheira.

Pobres moças, tão obsessivas em sua busca pela pureza quanto Zé do Caixão pelo Filho Perfeito. Um amigo disse ter topado com um par de minas que não cheiravam nem fediam. Nem ali nem acolá. Resultado: ele mal lembrava delas – o olfato é dos sentidos o mais rememorativo. “Sou da velha teoria de que buceta tem que ter cheiro de buceta, e não de plástico perfumado, caso de não poucas xavascas higienizadas por aí”, responderia Reinaldo Mo­raes em seu romance Pornopopeia. Outro me disse penabundear uma musa porque lhe estranhava a mania de limpeza. “Fica só um dia sem creme, pra te conhecer.”, implorava. “Você só quer saber de mim fedida!”, reclamava a deusa, prestes a lavar os respingos do amor recente, desconhecendo a máxima de Woody Allen: “Sexo bom é sexo sujo”. Tanto quanto formatar a pentelheira ao design da moda, editar o próprio odor é tendência. Tem a ver com o faxinamento atávico que prende as mulheres ao binômio água-sabão: uma tia confessou que seu pesadelo era “morrer na rua, sem ter tido tempo de trocar a calcinha”. Uma amiga dermatologista afirmou ser frequente mulheres a procurarem para aplicar Botox nas glândulas sudoríparas – “assim nunca suam”. Se soubessem o poder de um bom cecê sobre os instintos! Sujeira, para muitos desses seres que expelem gelatinosos fluxos de sangue todo mês, é pecado. “Em estudos sobre compulsão por higiene, psicólogos descobriram que mulheres relatam mais obsessões de contaminação que homens. Até hoje, certa autorrelação corporal neurótica segue como herança feminina”, aceita Laura Kipnis no capítulo “Sujeira” do elucidador Coisa de Mulher.

Não é preciso confundir higiene com neurose – nem espalhar o cheiro íntimo atrás das orelhas, como no absurdo Zonas Úmidas, de Charlotte Roche. Certo é que homem nenhum se lembra de uma mulher pelo Chanel 5. A não ser, claro, que ele tire as sobrancelhas ou tenha um frasco de Vulva no criado-mudo. Chega de frescura, moças. Conforme determina a Bíblia, relaxai e exalai!
*Ronaldo Bressane, 39, é escritor e defensor dos cheiros certos para as coisas erradas

Nojinho de mim
Procurado pela Tpm, o psicanalista Christian Dunker resolveu mergulhar no nojo feminino para entender de onde vem esse mal contemporâneo Por Christian Ingo Lenz DunkerMuito genericamente, o corpo nos diz quem somos, de onde viemos e para onde vamos. Ele se torna tão importante porque é também algo que imaginamos controlar, moldar e produzir como imagem de nós mesmos, como queremos nos apresentar para o outro. E o cheiro é um traço essencial de que há algo que não controlamos em nosso próprio corpo. Podemos usar xampus, pós, cremes e perfumes, mas essas táticas se degradam no tempo, são corrompidas por nosso suor, pelos odores do ambientes, pela presença do cheiro do outro. O que varremos para baixo do tapete permanece lá, escondido, invisível, mas aquilo que cheira mal, nos diz que mesmo estando escondido se revela na forma de uma sensação genérica e mal definida. Nosso cheiro diz, por isso mesmo, quem somos, para além do que queremos parecer. Isso não quer dizer que temos uma essência odorífica, mas que justamente por escapar, por ser mal definível, por ser um estranho dentro de nós mesmos, atribuímos ao cheiro esse lugar fascinante e perigoso. É por isso que o filme O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia, 2006) nos parece tão obsceno quanto atual.

Se na nossa cultura há uma promessa de que, controlando nossas imagens, controlamos como o outro nos percebe, aquilo que denuncia que as imagens enganam, ou seja, o cheiro, torna-se um problema crucial. “Por fora bela viola, por dentro pão bolorento”.

A ideia do sabonete íntimo é equivalente à tentativa de disciplinar as “partes pudentas” da mulher, de forma que elas não se mostrem indóceis, incontroláveis ou denunciantes. É interessante ver como, em geral, o sabonete íntimo cruza duas ideias ligadas ao poder moral do cheiro.

Primeiro temos a ideia de que as partes íntimas devem ser higienizadas, limpas. Esta é a ideia mais antiga, que representa a sexualidade em analogia com o sujo, o impuro e o doentio. A figura típica aqui é a da dona de casa, frustrada sexualmente, que consagra sua existência à mania de limpeza, ordem e higienização. Como as mãos de Lady MacBeth, que jamais são limpas do sangue do assassinato cometido, a sexualidade expulsa pela porta da frente, retorna pela porta de trás, como um cheiro, uma mancha, uma coisa mal definida. Hitchcock conseguiu por em imagens esta força sem forma, excessiva e invasiva representada pelo cheiro em seu filme Os Pássaros (1963).
Mas a nova retórica dos sabonetes íntimos recobre esta primeira figura com uma segunda ideia. Usar o sabonete íntimo não é só uma maneira de controlar o cheiro aversivo, mas uma forma de lembrarmo-nos que temos uma . E que ela merece atenção, cuidado e observação. Menos que uma vagina inodora, queremos aqui um cheiro específico, que podemos escolher, controlar, variar. A imagem trazida aqui é a da mulher que, mesmo menstruada, veste calça branca, faz ginástica e está disposta a qualquer coisa.Cheiro secretoO nojo é um dos chamados sentimentos sociais, ou seja, depende da forma como aprendemos a dissociar em nosso corpo o que é permitido do que é proibido, o prazer desejável do prazer interditado. Freud dedicava grande importância ao nojo como afeto social muito primitivo, tanto na história da criança, quanto na história de nossa cultura.

De fato relação com secreções e excreções são as experiências originárias do nojo, e apontam para o que deve ser excluído e escondido em nossa cultura e em nós mesmos. Por exemplo, os alemães, povo tido como meticuloso e metódico, utilizam privadas sanitárias nas quais os dejetos podem cair (em um recuo específico de porcelana), aí serem inspecionados e, em seguida, levados pela água, segundo a precisa deliberação do usuário. Já os franceses, povo mais político e dado à controvérsia, dispensam este lugar reservado para coletar os dejetos, mas permitem que a coisa flutue antes de ser abruptamente subtraída. Os japoneses, culturalmente associados com a tecnologia, inventaram as privadas com duchas automáticas, de tal forma que não é necessário ver e o mínimo de odor é experimentado. Nós brasileiros, adoramos a turbulência excessiva e os rodamoinhos pelo qual muita água deve ser escoada para limpar bem nossos rastros.

Portanto, o nojo é sempre primariamente de si, depois ele é depositado no outro. Freud fez uma afirmação clínica muito forte sobre o nojo: “Toda vez que, diante de uma experiência potencialmente sexual, encontramos no paciente o sentimento de nojo, não hesitamos em diagnosticar a histeria”. Ou seja, o nojo como afeto deslocado, o nojo excessivo, o nojo fora de lugar, aponta para um aspecto da sexualidade do qual não queremos saber em nós mesmos.

Uma mulher percebida como suja ou insuficientemente limpa é associada com alguém que coloca seu desejo ativamente, que tem vontade de se sexualizar ou, inversamente, alguém que não se importa com a opinião (e logo com o desejo) dos outros. Portanto, a higienização feminina liga-se tanto ao processo de cuidar, de observar e de tratar do próprio corpo (como satisfação intrínseca) quanto ao processo pelo qual a mulher se apresenta como capaz de controlar seu corpo (logo sua sexualidade), como um corpo que não foi tocado por outro (para a fantasia masculina seria um corpo sem rastros) e como moralmente desejável.

Mas vale lembrar que um ser humano essencialmente cheira. O cheiro é o rastro de suas experiências com os outros e consigo mesmo. A obsessão de não ter cheiro é a expressão da negação de nossa humanidade. É isso que nossa época parece pedir: “Seja intenso, viva a vida e aproveite, mas ao mesmo tempo negue a sua própria humanidade e leve uma vida líqüida: insípida, incolor e inodora.” Tome café, mas sem cafeína, coma chocolate, mas sem açúcar, viva paixões, mas sem se perder, ou seja, viva a vida, mas não seja humano.

sábado, 25 de abril de 2009

Grávidas precisam de cuidados especiais durante massagem

Grávidas precisam de cuidados especiais durante massagem

Elas proporcionam milhares de benefícios para as mulheres durante a gestação, mas também podem atrapalhar este momento especial. Tenha cuidado!

Por Aline Sampaio

Muitos são os mitos quando se fala de massagem para mulheres grávidas. Inclusive existem médicos que não recomendam o procedimento durante a gestação.Segundo o massoterapeuta Renato Emerique, do Grupo Plástica e Beleza, em São Paulo, a massagem para gestantes tem seu lado bom e ruim, mas tudo vai depender de como ela será praticada.“Até um medicamento pode ter seus efeitos colaterais. A massagem pode ser muito eficaz para saúde da mulher grávida, mas o profissional que a aplicá-la tem que ter cuidados diferenciados ao massagear”, explica.Existe em nosso corpo certos pontos abortivos, e é por esse motivo que alguns médicos não recomendam as manobras durante a gestação.

Profissionais capacitados são alertados para trabalhar de forma diferente com as mulheres durante essa fase especial.“Os terapeutas precisam ter cuidado na aplicação das técnicas de massagens nas gestantes. Não podem trabalhar cegamente. É necessário fazer o procedimento de forma cautelosa, sentindo o corpo da pessoa. Não pode ser automático. Atenção deve ser redobrada. A mulher deve se sentir confortável nesse momento. Por esse motivo sempre é bom recorrer a um profissional de confiança”, comenta Emerique.Mas ainda há muita falta de informação por partes dos médicos, alerta Erick Schulz, vice-presidente da Associação Brasileira de Ayurveda. A grávida deve receber sim massagens durante este período e isso lhe traz muitos benefícios, inclusive na hora do parto. “Há única contra-indicação é se a gestação for de risco”, defende Schulz.

Benefícios da massagem
Com os devidos cuidados, a massagem é saudável para as mulheres durante essa fase.“Como benefícios estão a redução da tensão do corpo, o equilíbrio das emoções, tão inconstantes durante esse período. As manobras ainda ajudam na hora do parto”, explica Emerique.Alguns estudos comprovam também que as gestantes massageadas tiveram um parto normal mais tranquilo e relaxado, com maior dilatação, dispensando assim o uso do fórceps.O controle da ansiedade também ocorre, fazendo com que elas passem a se preocupar mais consigo mesmas.“Relaxando, ela sente-se melhor, esquece das preocupações, e começa a pensar em coisas positivas, deixando os medos de lado”, aconselha o massoterapeuta.

Fotos: Getty Images

Fonte: http://itodas.uol.com.br/Portal/mae/gravidez_e_parto/voce__gravida/materia.itd.aspx?cod=7102&canal=51

domingo, 19 de abril de 2009

Erick diretamente do Santiago do Chile !

Olá Queridos Amigos, alunos do Brasil e Chile,


(Toda a turma do módulo 07 de Massoterapia Ayurvédica - Santiago do Chile - abril 2009)
Estou no Chile no momento, é domingo dia 19 de abril, cheguei aqui dia 16 e vim para ministrar aula de ayurveda, acabei de ministrar o sétimo módulo do curso de formação em ayurveda há poucos minutos.

O curso está bem cheio e todos são maravilhosos. O ayurveda aqui no Chile ainda é bem “novo” já o yoga é bem difundido, uma das primeiras escolas de yoga aqui no Chile foi a Suddha Dharma Mandalam, escola a qual faço parte, existe aqui desde “1916” são mais de 90 anos de práticas e estudos do hinduísmo e yoga.

(colhendo a erva Brahmi na praça ao lado da clinica/escola AyurVidya, durante o 07 módulo de formação em ayurveda, em Santiago do Chile - abril de 2009)

Todos os alunos são ótimos. No curso temos alunos brasileiros, chilenos, colombianos, espanhóis, alunos de todas as partes do Chile, norte, sul e da capital Santiago. Os alunos são de todas as idades desde 20 anos até 75 anos.

Estamos realizamos uma pesquisa de herbologia com os índios nativos do Chile chamados Mapuches com comparação das ervas brasileiras e as usadas no Chile, muitas ervas já encontramos aqui que são usadas no ayurveda, ontem mesmo, caminhando em uma praça achamos o Brahmi e já replantamos aqui na horta da clinica onde é realizado o curso “AyurVidya”. Veja o site do Ayurvidya, clinica/escola de ayurveda, yoga, terapias naturais e ciências afins dirigido pela Leilah de Sá. http://www.ayurvidya.cl/

Aula de Medicação de Óleo

É uma grande alegria poder estar ministrando aulas de ayurveda aqui no Chile, cidade natal de meu mestre e ver todos os dias a Cordilheira é algo realmente impressionante.

Em Agosto estaremos iniciando uma nova turma de formação em ayurveda e uma nova turma do curós intermediário, em breve começam os cursos avançados.

Um Grande abraço a todos,

Namaskaram
Erick Schulz

(coando o óleo medicado - Santiado do Chile - abril de 2009)

(aula de massoterapia ayurvédica)

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Bombom que emagrece - Planta indiana que inibe o apetite exagerado e ajuda a diminuir a barriguinha passa a ser usada na composição de chocolate.

BOMBOM QUE EMAGRECE

Planta indiana que inibe o apetite exagerado e ajuda a diminuir a barriguinha passa a ser usada na composição de chocolate

por Catarina Fávero

Sabe aquela vontade incontrolável de beliscar o dia todo que faz qualquer dieta ir por água abaixo? Está com os dias contados! Um cacto indiano, o Caralluma fimbriata, é a nova arma para inibir o apetite e ajudar na tarefa de secar os quilos extras. “A planta, crua ou em conserva, vem sendo usada há séculos na dieta da população daquele país para diminuir o apetite e dar energia”, informa o endocrinologista Filippo Pedrinola, de São Paulo.

Por aqui, o princípio ativo do Caralluma é manipulado em farmácias e vendido em cápsulas, mas também pode ser importado em forma de bombom – sempre com prescrição médica. “Para desfrutar de suas propriedades, recomenda-se ingerir de 350 mg a 1 g por dia, antes do café-da-manhã, almoço e jantar”, indica a nutróloga Daniela Hueb, de Bauru (SP). Planta seca barriga Poderoso, o cacto reduz o apetite em cerca de 30%.

“Ele possui substâncias que enviam ao cérebro mensagens de saciedade – mesmo que a pessoa não tenha se alimentado”, explica o endocrinologista Tércio Rocha, do Rio de Janeiro. “Estudo realizado na Índia mostrou que, além de inibir a fome, também reduz a circunferência abdominal”, destaca Pedrinola. O Caralluma bloqueia a ação das enzimas citrato liase e malonil coenzima, diminuindo a produção e o estoque de gordura. Apesar de ser natural e sem efeitos colaterais, só deve ser ingerida com indicação médica.

“Vale lembrar que qualquer fitoterápico deve ser aliado de uma dieta equilibrada para surtir efeito”, diz Daniela Hueb. O preço médio do pote com cápsulas para um mês é de R$ 110. Doce detona fome Importado da Suíça, o bombom Figure Weight Loss Program Eight tem em sua fórmula o Caralluma fimbriata. Bastam três unidades por dia (30 cal. cada) para sentir a sua eficácia. Só o gosto do chocolate já ajuda a controlar a compulsão por doces! O produto não é vendido no Brasil.

A Clínica Tércio Rocha importa sob encomenda para pacientes com prescrição médica. Trinta unidades custam R$ 90. Contato: Clínica Tércio Rocha (21) 2430-7027 .

Atenção: trata-se de um consultório particular, não de um SAC especializado. Tenha paciência caso o atendimento demore e ligue somente se estiver realmente interessada. Mais informações: www.arbonne.com (em inglês).

Vem mais por aí... Em breve, o NeOpuntia®, extraído de um outro cacto, o Opuntia ficus-indica, estará nas farmácias de manipulação do país. Rico em fibras, impede a absorção de 30% da gordura consumida, que é eliminada pelas fezes. Como é um nutracêutico (alimento benéfico à saúde), não tem contra-indicações.

http://mdemulher.abril.uol.com.br/dieta/reportagem/dietas/bombom-emagrece-425187.shtml#coment

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Medicina indiana utiliza mais de 500 ervas

Medicina indiana utiliza mais de 500 ervas
Gengibre, que pode ser encontrado no Brasil, age contra as doenças respiratórias.
Francisco José Pune, Índia

Talvez nenhuma outra medicina use tanto as plantas como a medicina tradicional indiana, conhecida como ayurveda, a ciência da vida. Muitos vão buscar tratamento na cidade indiana de Pune.

A equipe do Globo Repórter acompanhou a médica ayurvédica Sonali Shinde e uma aluna brasileira dela, Joana Rodrigues, na feira. Logo que chega ao mercado, a médica vai identificando todas as ervas. Mais de 500 podem ser usadas nesse tipo de medicina. Logo fomos apresentados ao amalaki. Parece uma ameixa, mas não tem no Brasil. É muito valorizado na ayurveda por ter cinco sabores em uma só fruta: é doce, amargo, azedo, apimentado e adstringente. Só não é salgado. Mas no mercado de Pune é possível encontrar produtos bem conhecidos dos brasileiros. Um produto que tem muito no Brasil, o gengibre, é da maior importância na medicina ayurveda. “Quando cozinhamos os legumes, usamos gengibre.
Ele digere as toxinas no corpo e age contra as doenças respiratórias, como a sinusite”, diz a médica Sonali Shinde. A doutora explica que a hortelã age contra o que a medicina indiana chama de vata, a força do ar: reduz dores e gases abdominais e por isso acompanha bem as comidas mais pesadas. Seguimos nossa busca pelo mercado de Pune. “O abacaxi é ótimo para melhorar o tecido sanguíneo, mais especificamente o plasma. E é ótimo também para eliminar vermes e lombrigas. Então, mesmo como medida preventiva, de vez em quando deve-se comer abacaxi”, orienta Joana Rodrigues. As cenouras, que na Índia são avermelhadas, são usadas nos doces. “A goiaba tem uma propriedade adstringente também.
Tudo o que é adstringente fecha as glândulas salivares. Então, paramos de ter vontade de comer mais. Por isso, é ótima para depois das refeições”, diz Joana Rodrigues. Feitas as compras, doutora Sonali Shinde nos convidou para ir até a casa dela. Ela preparou a refeição com os produtos que comprou na feira. Enquanto elas preparavam o almoço, fomos conhecer os alimentos mais importantes para a ayurveda, que ajudam a conseguir uma saúde perfeita. Podem ser consumidos por qualquer tipo de pessoa, em qualquer estação. O arroz, cultivado em 60 dias, deve ser consumido um ano depois da colheita.
Feijão mungo, um tipo de feijão verde, comum na Ásia, é de fácil digestão. E também passas pretas, mel, romã, abóbora – que no Nordeste tem o nome indígena de jerimum – e amalaki – a fruta dos cinco sabores, único desses alimentos que não tem similar no Brasil. “Ela é rejuvenescedora. Mesmo cozida e seca, não perde a vitamina C. E tem cem vezes mais vitamina C que a laranja”, ressalta Sonali Shinde. Depois, sobre folhas de bananeira, Sonali Shinde e Joana Rodrigues foram servindo a refeição. Um pouco de sal, limão, uma pasta de pimenta, romã, pão indiano. Mais uma vez, sabores variados. Na Índia, a refeição começa pela sobremesa. E tem que ser com a mão direita. No início da refeição, o doce tira a fome mais intensa. Mas tem ainda algo curioso: soro de leite de uma vaca feliz.
É isso mesmo: os indianos dizem que, para o leite ser bom, a vaca tem que viver solta, nos campos e nunca confinada. Espinafre com queijo branco, arroz com um pouco de manteiga cozida em cima e batata com gengibre, alho, pimenta e coentro. “É uma refeição completa para uma pessoa ativa. Ela tem todos os seis gostos, é equilibrada. Você não come apenas arroz, não come só trigo, ou apenas comida crua. A ayurveda não aconselha isso. Um pouco de cada coisa é bom para o seu corpo”, ressalta Sonali Shinde.
Para quem está acostumado a comer carne é um pouco difícil. Mas uma recomendação da medicina indiana serve para todos: sempre que der, deixe de lado as comidas prontas.
“Cozinhe só o que você precisa e coma em seguida. Este é o mantra da saúde”, define Sonali Shinde.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Massagens indianas estão mais populares

Massagens indianas estão mais populares
A arte milenar é considerada remédio na Índia, além de salvar vidas, ela ajuda você a relaxar e ter uma vida muito melhor

Por Aline Sampaio

Nada melhor que uma massagem relaxante depois de um dia difícil de trabalho. Erick Schulz, o vice presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, garante que a Índia é especialista nesse assunto. E só podia ser já que lá massagem é considerada remédio.Schulz conta que na Índia, as massagens fazem parte do sistema de único de saúde, e que elas possuem fins medicinais e são capazes de fazer curas milagrosas.

Isso porque os benefícios são muitos, e vão desde a redução de medidas até a harmonia do corpo e da mente. E ainda são usadas para manutenção da saúde ou em pacotes de tratamentos em spas.

Toninha Nunes é dona de um spa que disponibiliza os mais diversos tipos de massagens indianas, entre a bianga e a shirodara. Ela explica que na casa só é possível participar das sessões depois de responder um questionário, de rotina, para que eles saibam como proceder corretamente. Isso porque todo cuidado é pouco para quem faz. As Ayurvédicas, por exemplo, são feitas conforme o biotipo de cada um.

A massagem é feita no tatame e além das mãos podem ser utilizados outros membros do corpo, como os pés e os braços. O procedimento também é dividido: o processo seco é feito com pós de ervas secas, já o úmido trabalha-se com óleos vegetais. Isso conforme cada necessidade.

Outras formas

Um outro tipo de massagem indiana é a Bianga, mais simples de todas, que é feita com óleos mornos e trabalha os chakras, a energia vital existente em cada um de nós. É feita com movimentos que trabalham os pontos de energia e ao final são colocadas pedras coloridas nos chakras.
A Shirodara talvez seja a mais relaxante de todas as massagens indianas, quem escolher essa opção receberá sobre a cabeça um jato de óleo relaxante. Mas não se pode fazer em qualquer momento, é necessário responder o questionário para definir o horário.

As contra-indicações são as de sempre, por exemplo, diabéticos e grávidas devem passar longe das mesas. Mas quem está com problemas de depressão, insônia, ansiedade e dificuldade de concentração devem procurar o relaxamento.

A sessão varia de 1h a 1h30, mas pode passar disso se o estresse estiver elevado. As massagens não são tão baratas, já que os produtos utilizados são um tanto caros, os preços variam de 80 a 120 reais.

Postado no site: http://itodas.uol.com.br/

segunda-feira, 16 de março de 2009

Aqueça-se nesse inverno

Aqueça-se nesse inverno

Dicas do Ayurveda para enfrentar o inverno
30/05/2008

Por Thays Biasetti

O inverno está quase aí. No final de junho, estaremos na estação mais fria do ano. O Brasil, por ser um país tropical, apresenta uma temperatura mais amena, com poucos dias de muito frio na estação. Mas esse curto tempo com as temperaturas mais baixas pode ser uma tortura para algumas pessoas. “Isso se dá porque somos seres únicos na natureza e, com ela, nós interagimos a todo o momento, fazendo nosso organismo responder individualmente às temperaturas do ambiente”, disse Erick Schulz, diretor do Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala e vice-presidente da ABRA-Associação Brasileira de Ayurveda.
Mas nem todos os doshas têm problemas com as temperaturas baixas. “As pessoas de dosha kapha e vata são as que mais sofrem com o inverno. Frio e umidade pioram o kapha, enquanto frio e ar seco, o vata. Mas o desequilíbrio desses dois também pode levar a um problema em pitta”, afirmou Cris Ayres, terapeuta ayurvédica da Ayur Elements, em São Paulo. Erick comentou que quem é vata deve tomar cuidado redobrado. “As pessoas com predominância de vata são as que sentem muito frio nesta época do ano e, por isso, necessitam ter muita atenção, pois possuem uma tendência a ficar com a pele mais seca e áspera.
Algumas vezes, chegam a ficar até com prisão de ventre, insônia, aumento da ansiedade, dor de cabeça e resfriados sucessivos”, disse Ayres.Ajuda ayurvédicaPara quem sofre demais com o frio, o Ayurveda pode ajudar. Alimentação, chás, roupas e massagens podem aliviar o desconforto causado pela temperatura, especialmente para vata e kapha. As massagens são feitas por um terapeuta ou pela própria pessoa, com óleos apropriados para cada dosha. Mas alguns óleos são indicados para todas as pessoas. “No inverno, é muito recomendada a utilização de óleos nutritivos e quentes, como os de gergelim e rícino para massagem com pedras quentes, sempre com muito cuidado para não desarmonizar o dosha Vata”, comentou Erick.
Também é muito importante cuidar da alimentação durante o período do inverno, pois o que comemos é o que mantém o equilíbrio do organismo, não deixando o frio se instalar. As pessoas devem ingerir alimentos mais nutritivos, quentes e úmidos, de preferência cozidos, grelhados ou assados, evitando sempre que possível o alimento cru. E cada dosha deve prestar atenção às suas características. “O doce, o salgado e o ácido são altamente benéficos para pitta e vata. Quem é kapha, no inverno, deve ficar atento, pois a alta ingestão de doces pode causar uma desarmonia. Atenção, ainda, para o uso de café, pois pode trazer desarmonia de vata”, recomendou o médico ayurveda.
Dicas que esquentamMas não são apenas massagens e alimentos que aumentam a temperatura. Para passar a estação fria sem nenhum problema, outros artifícios são bem-vindos. “Os chás de erva doce, camomila, canela, gengibre podem ser consumidos ao longo do dia, de preferência mornos, com mel e limão. E, para combater a secura, deve-se ingerir bastante líquido”, disse Erick. Manter o fogo digestivo (Jataragni) equilibrado é muito importante sempre, e em especial no inverno, quando o frio afeta mais o corpo. “O Ayurveda recomenda comer um pedaço pequeno de gengibre fresco com duas gotas de suco de limão e pitadas de sal antes das refeições. Isso ativa as glândulas salivares, produzindo enzimas necessárias, para que os nutrientes nos alimentos sejam facilmente absorvidos pelo corpo”, afirmou a terapeuta do Ayur Elements.Cris Ayres completou que é necessário prestar atenção também ao que vestimos, pois nem todas as roupas são indicadas para esquentar: “Todos os doshas devem ficar atentos à vestimenta.
Não use roupas sintéticas em contato com a pele e prefira as de algodão”. Erick também sugeriu outros elementos que podem ajudar a não sofrer com o frio. “Roupas mais escuras mantêm mais a temperatura do organismo, assim como a utilização de pedras preciosas chamadas quentes, como metal ouro e procurar fazer exercícios diariamente para manter o corpo sempre acordado e disposto”, disse Erick.
Seguindo as recomendações dos especialistas, esse inverno não vai ser tão gelado. Confira algumas receitas indicadas pelos profissionais de ayurveda para fazer em casa.

Na moda: Massagens indianas estão mais populares

Na moda: Massagens indianas estão mais populares

Nada melhor que uma massagem relaxante depois de um dia difícil de trabalho. Erick Schulz, o vice presidente da Associação Brasileira de Ayurveda, garante que a Índia é especialista nesse assunto. E só podia ser já que lá massagem é considerada remédio.Schulz conta que na Índia, as massagens fazem parte do sistema de único de saúde, e que elas possuem fins medicinais e são capazes de fazer curas milagrosas. Isso porque os benefícios são muitos, e vão desde a redução de medidas até a harmonia do corpo e da mente. E ainda são usadas para manutenção da saúde ou em pacotes de tratamentos em spas.Toninha Nunes é dona de um spa que disponibiliza os mais diversos tipos de massagens indianas, entre a bianga e a shirodara. Ela explica que na casa só é possível participar das sessões depois de responder um questionário, de rotina, para que eles saibam como proceder corretamente. Isso porque todo cuidado é pouco para quem faz. As Ayurvédicas, por exemplo, são feitas conforme o biotipo de cada um.A massagem é feita no tatame e além das mãos podem ser utilizados outros membros do corpo, como os pés e os braços. O procedimento também é dividido: o processo seco é feito com pós de ervas secas, já o úmido trabalha-se com óleos vegetais. Isso conforme cada necessidade.

Creditos:iTodas

Cosmética Ayurveda

Cosmética Ayurveda

Beleza interior está relacionada as qualidades íntimas do ser, incluindo estados emocionais e habilidades mentais. Como as qualidades físicas, elas são largamente determinadas no nascimento, podem ser moldadas por dietas e estilo de vida. Nós também podemos levar nossas mentes a cultivar estados positivos. Como o corpo pode ser purificado e fortalecido, para tornar-se mais belo, assim, a mente também pode tornar-se equilibrada e disciplinada. O início desse processo é começar a aceitar quem somos, respeitar nossa constituição original, nos conscientizando de que podemos adquirir saúde e harmonia, nos apreciando e nos amando.

Relaxar a mente, meditar, seguir um estilo de vida saudável, leva-nos a expressar o melhor de nosso potencial, para que assim, possamos viver com compaixão, amorosidade e bem estar pleno. Estar belo externamente é apenas um reflexo do ser pleno que há internamente. Há um ditado que diz, “A beleza está nos olhos de quem vê”. É dito também que pessoas apaixonadas sempre parecem bonitas. Ayurveda sugere que, quando as pessoas têm auto-estima bem desenvolvida ou vêem o Divino dentro de si, elas irradiam beleza verdadeira. Portanto, beleza exterior é o reflexo da beleza interior. Nas culturas Ocidentais, o processo de envelhecimento dos homens tem sido visto sempre como algo bonito. Entretanto, o valor e a beleza das mulheres acima dos 40 anos de idade, parece ser ignorado. Beleza tem uma definição muito diferente nas culturas ancestrais, quando ambos, homens e mulheres envelhecem (e parecem mais velhos), a beleza também é considerada maior. Em outras palavras, a sabedoria que vem com a idade é valorizada como uma beleza mais profunda. Este é um surpreendente contraste com a cultura moderna hi-tech, que vê rostos superficiais, plenos de juventude, como sinal da beleza verdadeira. Todavia, se pessoas cuidam de sua saúde e cultivam sua ética, saúde e beleza interior serão irradiados até mesmo através da pele.

Divindade é a verdadeira beleza, que é o amor eterno. Paz mental é a origem da beleza Divina, que se desenvolve à medida que cada um encontra sua Divindade. Quando vivencia seu Eu interior como Divino, ela reflete beleza interna e externamente.

Existem Três Aspectos da Beleza:

Beleza Interna:Requer principalmente o desenvolvimento da virtude. Um dos principais textos Ayurvédicos, o Charaka Samhita, note que a longevidade pode ser adquirida quando se é ético e virtuoso. Este aspecto do caráter é parte do processo de desenvolvimento e manutenção da beleza. È também mais essencial do que a mera beleza exterior.

Beleza Externa:Está relacionada a estrutura óssea, tonicidade da pele, desenvolvimento muscular, inteligência, qualidade dos cabelos, jovialidade e peso. As ciências Védicas, como o Ayurveda e Astrologia, discutem a beleza exterior como a interação do resultado da beleza interior e virtude.

Beleza Kármica:É resultante de traços genéticos. Cada pessoa tem graus variados de graça, que realçam a beleza, através de vivências de compaixão, amor, paciência, compreensão e compartilhamento, os quais estão em harmonia com a natureza.

A pessoa verdadeiramente bonita é definida como aquela que é saudável, ama sua vida e tem relacionamentos que a ajude a crescer espiritualmente. Meditação, yoga, massagem, Abhyanga, aromaterapia, dieta apropriada, ética e uma auto-imagem positiva são aspectos essenciais para desenvolvermos a verdadeira e definitiva aura da beleza.

Os cosméticos Ayurvédicos são mais um instrumento, juntamente com a dieta e práticas no estilo de vida, para adquirirmos harmonia. Usando ervas, flores e óleos essenciais, os cosméticos Ayurvédicos proporcionam equilíbrio da pele de forma sutil, nos ajudando a descobrir nossa beleza natural.

A Cosmetologia Ayurvédica é um excelente momento para a pessoa não só ficar bonita e sim saudável.

A utilização de técnicas milenares de desintoxicação e reequilíbrio do organismo traz ao cliente um novo estado de consciência do que é beleza., mostra que beleza não alcança somente se tratando a “lataria” e sim o “motor”.

Mostra ao cliente que não são cremes ou emplastos de ervas somente que deixarão a pele bonita e sim uma alimentação saudável adequada a cada biotipo, massagens adequadas, banhos de vapor, ervas, meditação e yoga são algumas das técnicas que poderão ser utilizadas num tratamento de beleza.

A maior diferença do tratamento ayurvédico é a idéia única que Mente, Corpo e Energia andam juntos e devem ser tratados juntos.

Fonte: Erick Schulz, diretor do Instituto Védico Naradeva e Revista Atma

Medicina ayurvédica desintoxica o organismo

Medicina ayurvédica desintoxica o organismo
PUBLICIDADE - Portal Yahoo - http://br.noticias.yahoo.com/s/12022009/25/entretenimento-medicina-ayurvedica-desintoxica-organismo.html

Por Giuliana Reginatto
São Paulo, 12 (AE) - Panchakarma, shirodhaara, swedana. Nomes complicadíssimos escondem tratamentos relativamente simples, à base de ervas, cereais e outras substâncias encontradas na natureza. Elas integram um sistema terapêutico popular na Índia há milênios: a medicina ayurvédica, que deve ganhar fama no Brasil na segunda fase da novela das oito, Caminho das Índias. "O ator Marcelo Brow, que vai representar um especialista em ayurveda, comandará um spa. Eu mesma prestei consultoria para ele", conta a terapeuta Ma Prem Ila, presidente do Instituto Brasileiro de Terapias Ayurveda (Ibrata).

Segundo Ma Prem, a medicina ayrvédica atua na desintoxicação do organismo. "A doença não começa só a partir da comida errada que você ingere, também é desencadeada por emoções erradas. Nós digerimos os alimentos e os sentimentos, tudo aquilo que vemos, ouvimos. Isso tudo se transforma em toxinas que serão acumuladas no órgão mais frágil de cada ser humano. Na ayurveda o terapeuta vai na raiz das doenças, eliminando as toxinas", explica a especialista. "A principal técnica que usamos se chama panchakarma, que possui cinco ações terapêuticas."

Ma Prem indica passar pelo panchakarma ao menos uma vez por ano. "Ele começa com o 'basti', que consiste na aplicação via retal de óleo e chá à base de ervas para eliminar gases e fezes. Logo depois vem o 'virechana', tratamento que promove a purgação por meio da ingestão de substâncias fitoterápicas laxativas que provocam evacuação frequente. A terceira etapa se baseia no vômito induzido, desencadeado por meio de infusões com ervas e óleos à base de 'ghee', a manteiga indiana."

Também conhecida como manteiga clarificada, a substância 'ghee' participa de várias terapias na Índia. Ela passa por procedimentos de filtragem e aquecimento, ficando livre de resíduos lácteos. "Na quinta fase do 'panchakarma', a 'nasya', usamos substâncias à base de ghee. O objetivo é eliminar as toxinas dos ombros para cima com a aplicação de gotas oleosas e fitoterápicas nas narinas, consideradas as entradas da mente na Índia", revela Ma Prem . A quarta etapa do tratamento, 'raktamokshana', é a mais polêmica, pois se baseia na retirada de 70 a 100 ml de sangue do organismo. "Na Índia, isso é feito com sanguessugas", acrescenta.

Os indianos acreditam que os cinco procedimentos do 'panchakarma' podem promover o equilíbrio dos doshas - energias que regem as funções biológicas. "É o tratamento mais importante quando não há contraindicação. Não é recomendado para cardíacos, pessoas com úlcera, gastrite, hemorróida. Também é necessário pesquisar muito sobre o local onde será feito o tratamento já que a ayurveda ainda não tem registro no Brasil", diz Ma Prem.

Além do 'panchakarma', a medicina ayurvédica conta com procedimentos menos radicais, como 'swedana', uma sauna terapêutica com vapores exalados de ervas. Também popular é a 'shirodhaara', que se caracteriza pelo fluxo contínuo de gotas de óleo medicinal morno sobre a pineal, entre as sobrancelhas. "No Brasil a terapia mais difundida é a massagem ayurvédica, a maioria das pessoas nem sabe que ela faz parte de um sistema de saúde", diz o terapeuta Erick Schulz, diretor do Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala.

"No Instituto realizamos todo tipo de terapias, temos três salas especialmente preparadas para elas. O mais importante é frisar que a ayurveda age na manutenção da saúde, ajudando a prevenir as doenças. Essa é a principal diferença entre ela e a medicina alopática, que age para tratar males já instalados", avalia. Ele enfatiza que a ayurveda se fundamenta no tratamento personalizado, mas destaca alguns procedimentos diários gerais que podem auxiliar quem busca mais saúde.

SERVIÇO
Ibrata - Instituto Brasileiro de Terapias Ayurveda
meditação, cursos e tratamentos. http://www.ibrata.com.br/

Instituto de Cultura Hindu
Naradeva Shala - quiromancia védica, workshops, tratamentos, personal yoga, música indiana. http://www.naradeva.com.br/

ROTINA (DYNACHARYA)
1. Acorde às 5h, com o nascer do sol. Esvazie bexiga e intestino
2. Beba um copo de água morna
3. Faça exercícios de respiração com práticas de meditação e ioga para se conectar ao universo
4. Promova a higiene bucal, limpando inclusive a língua
5. Tome café da manhã em quantia regular, antes das 7h
6. Almoce entre 11h e 12h, neste horário o fogo digestivo é mais
intenso. É a refeição mais farta, a quantia deve ser equivalente ao
volume que cabe entre suas duas mãos unidas pelo dedo mínimo
7. Após o almoço caminhe por 15 minutos (ou 100 passos). Durma, mas não ultrapasse os 20 minutos e se deite sobre o lado esquerdo.
8. Faça uma pausa para um chá às 17h e se prepare para o banho, às 18h. Repita os procedimentos de ioga para se desligar da agitação
9. Jante pouco, dando preferência para os legumes. Ande por 15
minuto; lave bem a boca e língua
10. Durma de preferência às 20h, no máximo às 22h.

Metais tóxicos são encontrados em medicamentos

Metais tóxicos são encontrados em medicamentos
04 de setembro de 2008 • 18h40 • atualizado às 18h40

Eric Nagourney
Estados Unidos
Pessoas que compram medicamentos ayurvédicos, comumente utilizados ao redor do mundo por indianos e outros povos do sul da Ásia, podem estar levando mais do que esperavam.

Pesquisadores examinaram quase 200 produtos ayurvédicos, comprados nos Estados Unidos, e concluíram que cerca de um quinto deles continha chumbo, mercúrio ou arsênio, às vezes em níveis altamente perigosos.

Na edição de 27 de agosto do periódico The Journal of the American Medical Association, os pesquisadores recomendaram que as agências reguladoras estabeleçam limites de dosagem diária para metais tóxicos em suplementos dietéticos e obriguem os fabricantes a testar seus produtos para que estejam em conformidade com tais padrões.

Os pesquisadores, liderados pelo doutor Robert B. Saper do Boston Medical Center, compraram os remédios pela Internet em 2005. Alguns produtos foram fabricados na Índia e outros nos Estados Unidos, mas a prevalência dos metais foi similar nos produtos dos dois países, segundo o estudo.

Em alguns casos, a presença dos metais pode não ter sido acidental. Uma das formas de medicina ayurvédica, a rasa shastra, envolve a adição de certas substâncias ao remédio, disseram os pesquisadores, e os produtos desse tipo continham os maiores níveis de metais. Mas os metais também foram encontrados em alguns medicamentos descritos simplesmente como fitoterápicos.

Os pesquisadores colocam em dúvida a crença, sustentada pelos praticantes de rasa shastra, de que os metais não causam danos quando o preparo do medicamento é correto.

Tradução: Amy Traduções

Ayurveda estimula o turismo médico na Índia

20/04/2008 - 00h03
Ayurveda estimula o turismo médico na Índia

Jordi Joan Baños
Em Nova Déli

Há mais de 40 anos a ioga seduz milhões de ocidentais com suas técnicas de respiração, concentração e elasticidade. Ultimamente, outra sabedoria indiana milenar, o ayurveda, promete benefícios além da mente: curar o corpo, ou pelo menos prevenir a doença e retardar o envelhecimento. No entanto, diversos obstáculos de homologação fizeram que esse antigo sistema de cura ficasse reduzido na Europa principalmente a tratamentos cosméticos e massagens.As autoridades indianas há mais de uma década tentam colocar o ayurveda -palavra que poderia ser traduzida como "ciência da vida"- acima de qualquer suspeita, com um notável esforço científico de pesquisa, sistematização e ensino. Sua origem remota está nos vedas -livros sagrados hindus- escritos há 3 mil anos no norte da Índia. No entanto, as invasões muçulmanas substituíram aos poucos ali a tradição médica autóctone pela árabe-persa. Esse tipo de medicina, conhecida como unai, também está sob o guarda-chuva do organismo público Ayush, que corresponde às iniciais de ayurveda, ioga, unai, siddha (medicina tradicional do sul da Índia) e homeopatia. Esta última está muito disseminada na Índia, apesar de ter sua origem na Europa do século 19.

Ayurveda significa em sânscrito "ciência da vida". Seus textos mais antigos têm 2.300 anos e mostram uma medicina indiana independente da grega ou da chinesa. O ayurveda floresceu durante o domínio budista da Índia, quando era ensinado nas universidades como Nalanda ou Taxila. O imperador Ashoka favoreceu a vertente relacionada às ervas medicinais, em detrimento da cirurgia.O ayurveda vai além da supressão dos sintomas. Pretende eliminar os motivos da doença, integrando corpo e mente e dando atenção à dieta e à forma de vida. Os odores -de ungüentos a massagens- e os sabores da dieta têm efeitos psicológicos.A licenciatura em medicina e cirurgia ayurvédica exige cinco anos e meio de estudos regrados na Índia, incluindo um ano de prática. Recomendam-se conhecimentos anteriores de física, química e biologia e noções de sânscrito. A universidade indiana de Benares é uma das duas que oferecem pós-graduação e um doutorado de três anos em ayurveda.Todos os anos 12.200 aspirantes se formam nos 242 centros oficiais de ensino, com a intenção de integrar-se a algum dos 2.400 hospitais indianos que oferecem esse tipo de medicina.

UMA CIÊNCIA COM MAIS DE 2.300 ANOS
CUIDADOS COM O AYURVEDASeria pois no sul que sobreviveria o ayurveda. Especialmente em Kerala (Índia), que nos últimos anos acrescentou à sua oferta de praias cercadas de coqueiros uma experiência direta com o ayurveda. Em centros turísticos como Varkala ou Cochin proliferam as ofertas de "massagens ayurvédicas genuínas", de preço e qualidade muito variáveis. Os óleos aromáticos aplicados na testa ou nas têmporas -ou mais energicamente nas costas ou por todo o corpo- são a quintessência da terapia. O ayurveda não só descontrai e embeleza como cheira maravilhosamente bem. Kerala faz justiça à fama rejuvenescedora do ayurveda, já que sua expectativa de vida, dez anos superior à média indiana, é comparável à dos EUA, apesar de a renda per capita ser infinitamente inferior. Na América do Norte os produtos de beleza ayurvédicos são a última moda, com esse mesmo nome ou o mais pronunciável, embora absurdo, de aveda.O escritor e diplomata Shashi Tharoor é um convertido tardio a esses tratamentos. Tharoor, cuja agenda, como a de muitos turistas, só permite alguns dias de tratamentos purificadores, reconhece que há uma certa banalização nos pacotes turísticos que incluem ayurveda, mas que seus benefícios são inegáveis para qualquer pessoa.É que o ayurveda entrou com força no circuito do turismo de spa e bem-estar, para ocidentais que necessitam recarregar as baterias. São inúmeros os estabelecimentos turísticos palacianos com tratamentos ayurvédicos, e hotéis que antes exibiam com arrogância sua "ocidentalidade" hoje vendem a "indianidade" global. Nas grandes cidades como Nova Déli abrem-se clínicas ayurvédicas pensadas para o turismo médico, com tarifas decididamente ocidentais.O ayurveda não cura os sintomas, como a medicina ocidental, mas vai à raiz do problema e estabelece um diagnóstico integral -ou holístico- do indivíduo. Cada um é catalogado como um tipo de paciente e recebe massagens, óleos, dieta e tratamento individualizados. O ayurveda inclui uma sofisticada farmacopéia, onde as propriedades de milhares de plantas estão codificadas há séculos. As barreiras para alguns produtos ayurvédicos na Europa e nos EUA nos últimos anos tiveram mais a ver com o uso de metais em alguns preparados. A inclusão de quantidades ínfimas de mercúrio, cádmio, ferro ou chumbo causou problemas de homologação no Canadá e outros países -e sua retirada do mercado. Para o doutor Ashutush, de uma clínica ayurvédica em Nova Déli, "não há problema se comprarem as substâncias de uma companhia renomada".Nesse sentido, ele cita a Himalaya, empresa fundada há 80 anos e que conta com um amplo catálogo de produtos de saúde e beleza que são vendidos em dezenas de países. Na própria Índia, seus cremes e pílulas, que custam 1 euro o frasco, são cobiçados pelos turistas ocidentais. Menos demanda têm os produtos panchgavya, que utilizam os cinco produtos permitidos da vaca sagrada: leite, manteiga, iogurte, urina e excremento. Apesar de o nacionalismo hindu ter promovido os centros de pesquisa de panchgavya, nem todo mundo se dispõe a usar sabão à base de urina, apesar de seus efeitos anti-sépticos.Há uma Academia Nacional de Ayurveda, que oferece cursos de vários anos e cujo diretor, o doutor Prashad, resume sua disciplina como "uma forma de medicina natural". Mais elaborada é a resposta do doutor Lavekar, do Instituto de Ayurveda de Nova Déli: "É uma ciência da saúde holística, que trata completamente o corpo e a mente, e não só a doença". Segundo Lavekar, "tudo o que existe no mundo se reflete em nosso corpo, somos uma réplica criativa do universo". Portanto, a função do ayurveda seria "manter o equilíbrio com a natureza e prevenir as crises de saúde". Dito de outro modo, "o ayurveda não se encarrega tanto de suprimir a enfermidade como de manter a saúde". Daí sua ênfase para a dieta, "sobretudo vegetariana, embora não exclusivamente".O ayurveda prescreve um tratamento e um tipo de dieta diferentes segundo o "humor" de cada pessoa -depois de examinar seu corpo, seu estado de ânimo, seu histórico e seu estilo de vida. Outra palavra-chave é "rejuvenescer". Lavekar não hesita em afirmar que "o ayurveda freia o envelhecimento". "A medicina ocidental acabou dando razão ao nosso enfoque", conclui Lavekar. Mas também há quem critique que o ayurveda só cura quem não está doente. Em caso de emergência, os próprios médicos ayurvédicos recorrem à medicina ocidental.

Índia cria arquivo de posições de yoga para evitar pirataria

Índia cria arquivo de posições de yoga para evitar pirataria
Andrea Wellbaum
Da BBC Brasil em Londres

A yoga é praticada pelos indianos há pelo menos 6 mil anos.
Um grupo de cerca de 200 gurus e cientistas da Índia se reuniu para identificar todas as antigas posições de yoga - as asanas - para prevenir a pirataria.
A medida, que tem o apoio do governo indiano, é uma resposta à concessão de dezenas de patentes nos Estados Unidos a professores de yoga que alegam ter sido os criadores de determinadas asanas e que podem estar se beneficiando indevidamente de um conhecimento indiano milenar.
"Patentes de posições de yoga e marcas registradas sobre instrumentos de yoga têm se tornado excessivas no Ocidente. Até agora, identificamos 130 patentes relacionadas à yoga concedidas nos Estados Unidos", afirmou à BBC Brasil o Dr V.P Gupta, que criou um arquivo digital do conhecimento indiano, a Traditional Knowledge Digital Library (TKDL).
Os especialistas estão pesquisando cerca de 35 textos em sânscrito, incluindo os famosos Mahabharata e Bhagwad Gita para identificar e documentar todos os conceitos, posturas e terminologias conhecidos de yoga.
O livro mais antigo que está sendo documentado deve ser o Yoga Sutras, de Patanjali, segundo Gupta.
Até agora, cerca de 600 asanas já foram documentadas e espera-se que até o fim do ano sejam registradas pelo menos 1,5 mil.
Indústria bilionária
Uma vez identificadas, elas serão incluídas na TKDL e reconhecidas como propriedade pública da Índia.
"Nosso objetivo não é patentear as posições de yoga, já que o conhecimento que já é de domínio público não pode ser patenteado. Como os livros de yoga foram escritos em 2500 a.C., ninguém pode patentear ou registrar a yoga", explicou Gupta.
A medida tem como objetivo, segundo Gupta, reduzir os casos de apropriação indevida das informações, "o que deve evitar os procedimentos custosos de invalidação de patentes concedidas indevidamente", disse Gupta.
"Além de fotos e explicações das posições, serão incluídos vídeos de especialistas praticando as asanas. Também haverá uma explicação gravada que dirá qual texto menciona a posição em questão. As informações estarão disponíveis em cinco idiomas internacionais", acrescentou Gupta.
Estima-se que a yoga virou um negócio de US$ 225 bilhões (cerca de R$ 526 bilhões) no Ocidente. Cerca de 16,5 milhões de americanos praticam yoga e gastam cerca de US$ 3 milhões (cerca de R$ 7 milhões) por ano em aulas.
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